Multifacetas do chá verde: muito além da bebida

Chá verde e os seus benefícios (Foto: Unsplash)



O chá verde, um dos queridinhos da atualidade, tem função antioxidante e, embora não haja evidência científica, ele pode auxiliar no emagrecimento se associado a hábitos saudáveis como alimentação e atividades físicas. O chá também pode prevenir o dano oxidativo nas células.
Para os amantes da bebida, é importante entender que existem diferenças entre as versões in natura e as cápsulas. A in natura, por exemplo, é riquíssima na concentração das catequinas, que são nutrientes oxidantes. Dentre as catequinas, a que merece maior atenção é a epigalocatequina galato (EGCG). Já nas cápsulas, costuma haver maior concentração de EGCG, o que facilita sua ingestão quando se está em busca dos seus efeitos mais imediatos, sempre considerando o limite de consumo seguro diário.
De acordo com o médico cooperado da Unimed Curitiba especialista em gastrenterologia, João Ricardo Duda, a dose recomendada para consumo diário seguro é de uma a dez xícaras (com uma colher de chá em 240 ml de água fervida) ao dia. “Quando baseados na quantidade de epigalocatequina galato, o recomendado é ingerir até 676mg/dia, como dose segura”, explica.  Vale lembrar que não se recomenda, pela ausência de estudos de segurança, a ingestão do chá verde por menores de 18 anos, gestantes e durante a amamentação.
Além de interferir no sono, devido à presença de cafeína, o chá verde também pode causar ansiedade, agitação, taquicardia, fadiga e hipertensão arterial. Mas, segundo o especialista, é importante esclarecer que uma xícara de chá verde costuma ter menos da metade da quantidade de cafeína presente em uma xícara de café.
Cabe alertar que, se consumido em excesso, o chá verde pode lesionar o fígado. Quando ingerido na forma líquida, dificilmente pode ocasionar problemas hepáticos, diferente dos extratos concentrados em cápsulas ou tabletes. “A hepatotoxidade ocorre quando se administra uma dose diária equivalente ou superior a 800mg de EGCG (1315-1500mg de catequinas / dia). Quando o consumo é elevado, recomenda-se que se tome em doses fracionadas, e com os alimentos. Há poucos relatos de casos na literatura a respeito de falências hepáticas agudas que resultaram em transplantes hepáticos”, relata Duda.
Ou seja, aquele consumo diário na forma líquida, não tende a fazer mal, especialmente, porque também existem alguns benefícios relacionados ao consumo do chá verde, como prevenção do câncer, das doenças cardíacas e da doença de Parkinson, além da melhora cognitiva, diurese, verrugas genitais, dores de cabeça, distúrbios estomacais, perda de peso e do coelsterol.

Curiosidade
Segundo o especialista, o chá verde e o chá preto são processados de maneira diferente durante a fabricação. Para produzir o chá verde, folhas recém-colhidas são imediatamente vaporizadas para evitar a fermentação, produzindo um produto seco e estável. Este processo de cozimento a vapor destrói as enzimas responsáveis pela decomposição dos pigmentos de cor nas folhas e permite que o chá mantenha sua cor verde durante os processos subsequentes de laminação e secagem. Esses processos preservam os polifenóis naturais em relação às propriedades promotoras da saúde. Como o chá verde é fermentado para chá Oolong e depois para o chá preto, compostos de polifenol (catequinas) no chá verde são dimerizados para formar uma variedade de teaflavinas, de modo que esses chás podem ter diferentes atividades biológicas.

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